Para aumentar o salário mínimo a um nível decente, seria necessário que o do governo também subisse. Mas sendo isso impossível, já se sabe quem vai pagar a conta.
Segundo Aurelio, nível é, dentre outras, igualdade de mérito e comparação, permitindo-nos estabelecer paralelos até morais para comentar o assunto.
Parece-nos haver um Clone do ex-ministro da previdência, tentando valer-se da oportunidade para impor o que o Clonado não conseguiu efetivar em sua gestão (ficando na trigésima terceira suplência no último pleito) : a contribuição dos inativos, o aumento dos ativos e, conforme comprometimento da outra campanha, a privatização da previdência. Alguém continua com a dívida.
Contribuição dos inativos porque? Não pagaram a vida toda para assegurar seu direito? O percentual cobrado não era suficiente? Ficaram devendo alguma coisa? Baseados em quais argumentos vem o atual Clone condicionar contribuição de inativos com o salário mínimo, conforme recado ao PFL (CB.11/2/00)? Propõe destinar essa colaboração a um pecúlio a prazo estabelecido ou quitação por morte? Não. Pura e simplesmente quer mais 1,5 bilhões/ano para reforçar o caixa do Tesouro.
O Clonado, quando sugerida a cobrança antecipada das contribuições providenciarias - que carreariam 30 bilhões/ano para o INSS, limitou-se a declarar (temos documento): ‘’ser a proposta sugerida de difícil operacionalidade ... embora válidos os princípios que a norteiam’’
‘’Difícil operacionalidade’’ para um processo originalmente adotado, comprovadamente eficiente e bem aceito pela sociedade, fazendo crescer o ‘’olho grande’ do Tesouro e promover a unificação dos IAP’s e da arrecadação!
Na época todo o contribuinte comprovava estar em dia com a previdência quando precisava de assistência médica, de algum benefício e inclusive para candidatar-se à casa própria. Nunca houve qualquer problema que justificasse a extinção.
Porque não ser readotado? Porque não se captar 2,5 bilhões / mês de contribuições hoje não recolhidas, inclusive dos informais? Porque o governo não pode recolher o que desconta de seus funcionários?
Talvez o Clone endosse a afirmação do Clonado de que’’ queria ser o primeiro e escrever o manifesto indicando o gênio que encontrar solução para esse problemão ao Prêmio Nobel de Economia’’ quando comentava a proposta da ABRAPP para que se’’ formalizasse os 35 milhões de brasileiros que estão na economia informal’’ !
Dezenas de milhões de brasileiros continuarão passando fome, vivendo na miséria absoluta, na humilhação e na desesperança, sem que o presidente efetivo do país saia do anonimato e mude tudo.
É difícil ou impossível aceitar-se a condicional estabelecida pelo Clone, porque salário mínimo não é despesa. Previdência tem fonte própria e só razões de ‘’estado’’ poderão explicar sua não cobrança. Talvez Clones possam esclarecer essas razões !!!
